quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Associativismo Juvenil
As sociedades actuais reconhecem no associativismo um meio privilegiado de participação social, sendo o Associativismo Juvenil encarado como instrumento susceptível de promover a educação cívica, estabelecendo valores sociais e normativos, no sentido de uma sensibilização para a democracia na juventude e de estimular e promover a resolução de problemas e a satisfação de necessidades.
Esta temátic
a revela-se de grande importância para o Desenvolvimento Local e Regional, devido ao seu carácter multifacetado, direccionado e disponível para as comunidades, incentivando a intervenção imbuída de valores democráticos e independentes, originadoras de criação cultural, sendo responsáveis pela vivência e aprendizagem não formal colectiva, analisadores das realidades locais assim como compenetradas no desenvolvimento de acções comunitárias, com componentes temáticas bastante enriquecedoras para os seus destinatários.
Deste modo assumem um papel fundamental na formação de gerações de jovens cidadãos, afirmando valores essenciais à vida em Sociedade, estimulando a capacidade de iniciativa, a expressão e a criatividade, procurando ajudar o alcançar de objectivos de grupos e individuais.
Face à necessidade de criar, reforçar e dar continuidade a estas dinâmicas, é imperativo apoiar e incutir nas Associações Juvenis, Grupos de Jovens uma dinâmica de planeamento, organização, estruturação, o desenvolvimento de competências e comportamentos de uma maior responsabilização e participação cívica social, possibilitando a criação uma sociedade mais integrada, coesa e capacitada.
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Segurança e Socorro: Novo Paradigma
No âmbito da segurança e protecção civil, a análise de riscos, o socorro e a gestão das crises têm assumido importância crescente, sobretudo a partir do final do último quartel do século passado, com o objectivo de dar uma resposta imediata e eficaz aos desastres sejam eles acidentes graves ou catástrofes, que, entretanto, passaram a ocorrer com maior frequência, ou melhor, passaram a ser objecto de muito maior divulgação mediática.
De facto, as sociedades modernas, nomeadamente as mais desenvolvidas, debatem-se hoje com problemas que, não sendo novos, assumem, por vezes, uma dimensão redobrada, porque os riscos cresceram com o acelerado desenvolvimento tecnológico e com a expansão dum urbanismo desenfreado. Paralelamente os cidadãos, mais evoluídos, mais informados e daí naturalmente mais sensíveis, estão também psicologicamente menos preparados para os aceitar.
O Tsunami de Dezembro de 2004 que vitimou mais de 250 mil pessoas, o furacão Katrina que arrasou a cidade de Nova Orleães e matou perto de 2000 pessoas, o sismo do Paquistão no qual faleceram perto de 60 mil pessoas, ou o tufão de Myanmar (só para citar alguns dos mais recentes e devastadores) alertaram-nos para uma nova realidade a que os Estados modernos não podem fechar os olhos. As grandes variações demográficas e as mudanças climáticas criaram muitas e novas preocupações que remetem para atitudes de contínua prevenção, análise e gestão de risco.
Os atentados de Nova Iorque de Setembro de 2001, de Madrid em 2004 ou de Londres em 2005, confrontam os Estados com a necessidade de rapidamente agirem concretizando respostas integradas e profissionais.
Em Portugal, a gravidade e dimensão dos incêndios florestais, em especial os de 2003 e 2005 contribuíram para uma súbita tomada de consciência, quer pela população, quer pelo poder político, de uma nova realidade que pôs a nu as deficiências do sistema de prevenção e socorro.
Foram então suscitadas sérias interrogações ao nível político e social quanto à adequação da Organização de Protecção Civil e, sobretudo, do principal agente, corpos de bombeiros, de matriz predominantemente voluntária, para assegurar, em tempo útil e em situação de emergência, uma resposta de socorro bem articulada, por um lado, e, por outro, a necessária protecção de pessoas e bens.
voluntários constituem, entre nós, a base da resposta para o socorro das populações e salvaguarda do património, ao nível local, distrital ou nacional. No preâmbulo do Decreto-Lei n.º 247/2007 de 27 de Junho, também designado “Regime Jurídico dos Corpos de Bombeiros” (CB‟s) é claramente referido que “em Portugal, o socorro às populações assenta nos corpos de bombeiros e assim continuará a ser mesmo que, entretanto, se tenham criado brigadas de sapadores ou o grupo de intervenção de protecção e socorro (GIPS da Guarda Nacional Republicana - GNR) que colaboram no âmbito da primeira intervenção em incêndios florestais, ou se venham a formar mais agentes e constituam outras forças”.
Porém, “ a componente operacional do sistema são os bombeiros voluntários, são a espinha dorsal. Eles cumprem mais de 90% das missões de protecção civil e tendem a ser profissionais na sua acção. São voluntários, mas têm de tender a estar disponíveis para receber uma formação cada vez mais abrangente e qualificada. Não me parece que exista o risco de o sistema soçobrar por estar assente em voluntários. Eles dependem de nós sobre o ponto de vista operacional e isso decorre de uma situação em que, até hoje, não tem havido quebras de solidariedade.” (Arnaldo Cruz, 2007: 34).
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Oportunidades
Uma integração harmoniosa do adulto na sociedade em que está inserido depende do seu ciclo de vida e do seu processo de socialização desde a infância. É a partir do quadro familiar que se irão “filtrar” as outras experiências da vida social, constituindo a família a instância principal de socialização e educação das crianças ao qual acresce as intervenções da sociedade, nomeadamente o papel de mediação da escola que tem vindo a assumir maior relevo.
A família é o espaço natural que deve garantir a educação, o desenvolvimento e a proteção das crianças, tendo pais e educadores responsabilidades no desenvolvimento das suas competências e potencialidades. É no exercício de uma parentalidade positiva, que se concretiza o comportamento parental necessário ao pleno desenvolvimento das crianças.
O apoio aos pais com os meios necessários para melhor conhecerem os seus papéis, responsabilidades e a natureza das suas obrigações, e, os seus próprios direitos, é um vetor fundamental para que as crianças possam ter acesso aos Direitos e Crescer com Oportunidades.
As mudanças associadas às alterações dos padrões familiares e das relações entre gerações têm originado novas formas de vivência da conjugalidade e de vida familiar tais como, a coabitação sem casamento ou agregados familiares monoparentais entre outras, com implicações nas oportunidades de vida e condições de desenvolvimento das crianças.
São conhecidas as maiores dificuldades em equilibrar vida pessoal/familiar com a vida profissional das famílias monoparentais, com a responsabilidade na prestação de cuidados às crianças pelo que, o apoio aos pais facultando-lhes o acesso a serviços e equipamentos de apoio, tornando-se essencial ao exercício de uma parentalidade positiva. As mulheres, em particular, enfrentam constrangimentos no acesso ao mercado de trabalho e na gestão do tempo quando confrontadas com a necessidade de estruturas de acolhimento para as crianças, pelo que, a promoção do acesso às estruturas de apoio é também um contributo para a promoção da igualdade de género.
A UNICEF refere estar “comprovado cientificamente ser na primeira infância que a criança desenvolve grande parte do potencial mental que terá quando adulto, constituindo-se esta fase como uma “janela” de oportunidades. A atenção integral nessa faixa etária tem influência no sucesso escolar, no desenvolvimento de fatores de resiliência e autoestima necessários para continuar a aprendizagem, na formação das relações e da autoproteção requeridas para a independência económica e no preparo para a vida familiar.” www.unicef.org/br.
Se as oportunidades de vida de cada indivíduo se definem na primeira infância, os cuidados às crianças, a qualidade das estruturas educacionais e dos seus programas são investimentos reconhecidos como essenciais para aumentar as oportunidades.
As estruturas de acolhimento e de educação pré-escolar criam condições para apoiar o desenvolvimento das crianças, assim como os sistemas de educação e formação desempenham um contributo essencial para compensar desvantagens criando “oportunidades de vida”. O combate ao abandono escolar precoce e o reforço das qualificações dos jovens são fatores que melhoram as vantagens educativas, as perspetivas de acesso ao mercado de trabalho e ao desenvolverem competências para atitudes que promovem a aprendizagem ao longo da vida, contribuem também para quebrar a transmissão intergeracional da pobreza.
Relativamente às crianças e jovens que vivem situações de maior vulnerabilidade ou desvantagem no acesso às oportunidades que a sociedade oferece, têm que ser criadas ações facilitadoras e reparadoras que promovam a igualdade de oportunidades. Tal como é referido no documento sobre a Formulação de Propostas de Conceção Estratégica das Intervenções Operacionais do Domínio da Inclusão Social, em relação aos cidadãos que vivem situação de pobreza ou exclusão, “Recai também sobre o sistema de educação e formação uma grande responsabilidade no desenvolvimento de estratégias de intervenção precoce e reparadoras que permitam contribuir para romper as "amarras" da exclusão e da pobreza.
Na realidade, pela via do desenvolvimento de competências pessoais e socioprofissionais é possível dar aos cidadãos em risco de exclusão (intervenção precoce) ou que já estão nessa situação (intervenção reparadora) uma nova oportunidade de integração de pleno direito na vida económica e social do espaço onde residem.” Capucha, Luís (coordenação) e outros, Formulação de Propostas de Conceção Estratégica das Intervenções Operacionais do Domínio da Inclusão Social, Protocolo ISCTE e DGDR, Julho 2005, pág. 43.
Depois de 2 anos de "interregno", decidi voltar ao meu blog.Já sei que vão voltar a vir cá insultar-me,injuriar-me, mas......cada um é livre (ainda)de encarnar determinadas personagens.
Continuarei a divulgar, escrever, mostrar tudo aquilo que achar por bem colocar neste espaço. Se ferir algumas susceptibilidades, tenho pena existe um botãozinho com um X no canto superior direito do ecran que acaba logo com a sua aflição.
A todos os que vierem por bem sejam bem vindos e estou ao vosso inteiro dispor para em conjunto criarmos um espaço aberto e livre.
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