A importância e o valor atribuídos ao espaço tem sido uma constante, quer ao nível da sua acepção geográfica quer ao nível da sua dimensão e valor económico, social, simbólico, cultural e afectivo.
De facto, o espaço é não somente uma existência sociológica per si, mas é, sobretudo, socialmente produzido. O espaço não aparece enquanto um mero suporte de relações, actividades e praticas, sendo ele próprio condicionador e indutor dessas mesmas relações e práticas. Os posicionamentos e as relações sociais têm uma dimensão espacial, a qual é estruturada, mas simultaneamente estruturante das práticas sociais. Neste sentido, o espaço é concebido como um componente dos sistemas de interacção.
O espaço (seja público ou privado) surge, tal como salientam J.Remy e L.Voyé (1992), como uma medição indispensável, onde se formam as concretizações particulares e se exprimem de maneira diferente as estruturas sociais e culturais. Não deve ser, pois, uma variável acessória, uma construção artificial a que apenas se recorre para contextualizar a acção social.
Segundo aqueles autores, o espaço é um dos elementos que influenciam as acções dos indivíduos, desempenhando um papel fundamental na construção e representação das organizações sociais; depois, podem existir, e existem efectivamente, diferentes lógicas de apropriação de um mesmo espaço.
Com isso não se quer dizer que autonomizamos o espaço como factor explicativo capaz de produzir de alguma forma efeitos específicos sobre a vida social, mas sim que o encaramos como “espaço social”, ou seja, um espaço socialmente produzido e apropriado, que implica um conjunto de práticas e representações diversificadas, eventualmente conflituais, por parte de actores estrategicamente colocados na estrutura social.
Assim sendo, o espaço social é não só socialmente apropriado, mas também socialmente produzido de acordo e em função de interesses e lógicas diversas, nem sempre coincidentes e, por isso mesmo, por vezes conflituais. O espaço não é neutral nem homogéneo, ou seja, há uma diferenciação e uma hierarquização do espaço, de onde resulta existirem espaços mais valorizados e espaços mais desvalorizados.
Neste sentido, também a apropriação e o uso do espaço não são socialmente aleatórias; pelo contrario, é algo que os diferentes grupos sociais e os indivíduos percepcionam, apropriam e vivem de modos distintos.
Para Isabel Guerra, o cerne da questão reside na indissociável articulação entre estrutura social e estrutura espacial, ou seja, « o espaço aparece como uma mediação indispensável, a partir da qual se formam situações especificas e se exprimem, de formas diferentes, as relações sociais, mediação essa essencialmente e através da qual se estabelecem relações concretas entre os agentes sociais.» (Guerra, 1987:78-79).
De facto, o espaço é não somente uma existência sociológica per si, mas é, sobretudo, socialmente produzido. O espaço não aparece enquanto um mero suporte de relações, actividades e praticas, sendo ele próprio condicionador e indutor dessas mesmas relações e práticas. Os posicionamentos e as relações sociais têm uma dimensão espacial, a qual é estruturada, mas simultaneamente estruturante das práticas sociais. Neste sentido, o espaço é concebido como um componente dos sistemas de interacção.
O espaço (seja público ou privado) surge, tal como salientam J.Remy e L.Voyé (1992), como uma medição indispensável, onde se formam as concretizações particulares e se exprimem de maneira diferente as estruturas sociais e culturais. Não deve ser, pois, uma variável acessória, uma construção artificial a que apenas se recorre para contextualizar a acção social.
Segundo aqueles autores, o espaço é um dos elementos que influenciam as acções dos indivíduos, desempenhando um papel fundamental na construção e representação das organizações sociais; depois, podem existir, e existem efectivamente, diferentes lógicas de apropriação de um mesmo espaço.
Com isso não se quer dizer que autonomizamos o espaço como factor explicativo capaz de produzir de alguma forma efeitos específicos sobre a vida social, mas sim que o encaramos como “espaço social”, ou seja, um espaço socialmente produzido e apropriado, que implica um conjunto de práticas e representações diversificadas, eventualmente conflituais, por parte de actores estrategicamente colocados na estrutura social.
Assim sendo, o espaço social é não só socialmente apropriado, mas também socialmente produzido de acordo e em função de interesses e lógicas diversas, nem sempre coincidentes e, por isso mesmo, por vezes conflituais. O espaço não é neutral nem homogéneo, ou seja, há uma diferenciação e uma hierarquização do espaço, de onde resulta existirem espaços mais valorizados e espaços mais desvalorizados.
Neste sentido, também a apropriação e o uso do espaço não são socialmente aleatórias; pelo contrario, é algo que os diferentes grupos sociais e os indivíduos percepcionam, apropriam e vivem de modos distintos.
Para Isabel Guerra, o cerne da questão reside na indissociável articulação entre estrutura social e estrutura espacial, ou seja, « o espaço aparece como uma mediação indispensável, a partir da qual se formam situações especificas e se exprimem, de formas diferentes, as relações sociais, mediação essa essencialmente e através da qual se estabelecem relações concretas entre os agentes sociais.» (Guerra, 1987:78-79).